terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Manhã especial!

Hoje cedo fui a um compromisso e no retorno precisei ficar algum tempo aguardando uma condução para retornar ao trabalho.

O local, mais precisamente, era ao lado do viaduto da rua Silva Só em Porto Alegre.

Até aí, tudo normal...

O que me chamou atenção foi que debaixo do viaduto há um espaço onde vive um rapaz catador de recicláveis.

É um espaço oval de 'areião' e ali além dele, residem 3 cães. Cada um com o seu espaço, aparentemente bem cuidados e sadios.

Fiquei observando a maneira com que o rapaz tratava aqueles anjos de 4 patas.

Lavou os potes de comida e colocou uma porção de ração em pasta para cada um...

Lavou os potes de água e os encheu...

Sacudiu as cobertas dos cães das caminhas e às arrumou cuidadosamente...

Pegou uma bolinha e brincou com eles...

Conversava com os cães como somente nós que amamos animais conversamos, sem aquele medo de parecer ridículos, até porquê, ridículo é o preconceito!

Após tudo isso, se despediu dos seus amigos, pegou o seu carrinho e foi 'trabalhar' catando o que poderia comercializar de reciclável.

A reação dos cães após seu amigo humano sair foi de harmonia, demonstrando que estão acostumados com aquela vida, a viver aquela situação... "Meu humano foi trabalhar, vou ficar aqui zelando pelo seu espaço."

Depois de um certo tempo passou um rapaz bem vestido que não sei por qual motivo, pensei que trabalhava por perto.

Entrou no espaço dos cães e de seu humano, acariciou cada um dos cães, jogou bolinha, demonstrando também estar acostumado a vivenciar aquilo.

Depois que o rapaz se foi dois dos cães dormiram e um ficou meio em alerta.

A mim, nada de especial em amar, respeitar e cuidar dos animais, mas a situação não me parecia um tanto quanto normal no geral.

A idéia que temos muitas vezes é de que pessoas que vivem nas ruas não tem tanto amor por animais ou não acreditam no real sentido da palavra, pois muitas vezes já sofreram tanto que são frias.

Hoje tive mais uma lição da vida. Sim, eu vi com os meus próprios olhos e não fotografei porque não tive a petulância de invadir o espaço daquela comunidade humano-cão.

Ganhei o meu dia com tudo o que vi e senti.

Saí daquele local feliz e encantada com tudo, orando ao Pai Maior que proteja e abençoe aquele espaço e seus moradores da maldade.


Luciana
2/12/2014

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