segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Um Lamento...


De que adianta uma estátua?
Missas de 7, 30, 180 dias?
Livro? 
Filme?
Camisetas, faixas, memorial, música?
Fan pages?
Sites?


É claro que eu entendo que cada um faz a sua homenagem como se sente bem.. como acha que deve...
Eu entendo cada uma dessas pessoas e sua ânsia por homenagear Um Mito!
Eu sou uma delas!!

Sim, tu mereces todas as homenagens realizadas, todas as que ainda estão por vir!
A tua história não será apagada! Viveste intensamente cada dia, cada situação!
Nos ensinaste a cada dia lições de liderança, bom caráter, superação!

A tua passagem foi breve, mas deixaste o rastro de luz sinalizando a nós por onde devemos seguir, isso é fato!
Isso é sim grandioso!

Nós te somos gratos por colocares de volta o sorriso no rosto dos colorados!
Por mostrares ao MUNDO o que era realmente ser um líder! Um homem que valorizava o seu povo, mantinha-se grandiosamente dentro da simplicidade, fechava o semblante, cerrava os pulsos e gritava em demonstrações de garra e raça ao defender nossa bandeira alvirrubra...

Fernando, tu foste e sempre serás o maior de todos!
É assim que eu e milhares de pessoas que realmente conheceram a tua essência te enxergam!

Mas eu ainda preferia o menino-gigante aqui!
O homem íntegro, o pai zeloso, o marido dedicado e apaixonado, o ídolo impecável, o amigo leal e verdadeiro!
Aquela pessoa de riso fácil que me chamava de louca, mas ao mesmo tempo se sentia lisonjeado com as minhas loucuras a ponto de exibí-las!

Sim, nós teu povo fomos felizes e guardamo extremo carinho e orgulho de nosso predestinado líder!

Porém, se Deus nos desse a chance, tenho certeza de que nenhum de nós pensaria duas vezes...

Eu troco tudo isso pela simplicidade aqui, pertinho!

Que me perdoem os poucos que pensam diferente, mas eu sou transparente como sabes que sou...

Eu te queria de volta!

Queria mesmo sabendo que é apenas sonho e que é necessário resignar-se diante da vontade de Deus, o Pai Maior!

Não, não é desrespeito!

Apenas um lamento de saudades de uma humilde integrante da tua nação.

Gratidão & Amor!

Luciana Lima

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Manhã especial!

Hoje cedo fui a um compromisso e no retorno precisei ficar algum tempo aguardando uma condução para retornar ao trabalho.

O local, mais precisamente, era ao lado do viaduto da rua Silva Só em Porto Alegre.

Até aí, tudo normal...

O que me chamou atenção foi que debaixo do viaduto há um espaço onde vive um rapaz catador de recicláveis.

É um espaço oval de 'areião' e ali além dele, residem 3 cães. Cada um com o seu espaço, aparentemente bem cuidados e sadios.

Fiquei observando a maneira com que o rapaz tratava aqueles anjos de 4 patas.

Lavou os potes de comida e colocou uma porção de ração em pasta para cada um...

Lavou os potes de água e os encheu...

Sacudiu as cobertas dos cães das caminhas e às arrumou cuidadosamente...

Pegou uma bolinha e brincou com eles...

Conversava com os cães como somente nós que amamos animais conversamos, sem aquele medo de parecer ridículos, até porquê, ridículo é o preconceito!

Após tudo isso, se despediu dos seus amigos, pegou o seu carrinho e foi 'trabalhar' catando o que poderia comercializar de reciclável.

A reação dos cães após seu amigo humano sair foi de harmonia, demonstrando que estão acostumados com aquela vida, a viver aquela situação... "Meu humano foi trabalhar, vou ficar aqui zelando pelo seu espaço."

Depois de um certo tempo passou um rapaz bem vestido que não sei por qual motivo, pensei que trabalhava por perto.

Entrou no espaço dos cães e de seu humano, acariciou cada um dos cães, jogou bolinha, demonstrando também estar acostumado a vivenciar aquilo.

Depois que o rapaz se foi dois dos cães dormiram e um ficou meio em alerta.

A mim, nada de especial em amar, respeitar e cuidar dos animais, mas a situação não me parecia um tanto quanto normal no geral.

A idéia que temos muitas vezes é de que pessoas que vivem nas ruas não tem tanto amor por animais ou não acreditam no real sentido da palavra, pois muitas vezes já sofreram tanto que são frias.

Hoje tive mais uma lição da vida. Sim, eu vi com os meus próprios olhos e não fotografei porque não tive a petulância de invadir o espaço daquela comunidade humano-cão.

Ganhei o meu dia com tudo o que vi e senti.

Saí daquele local feliz e encantada com tudo, orando ao Pai Maior que proteja e abençoe aquele espaço e seus moradores da maldade.


Luciana
2/12/2014

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Fé - Escudo

Hoje é um dia quente, desagradável, muitas coisas acontecendo...

A alegria dos últimos dias 'minada' por um sonho...

Um aviso? Pode ser, afinal, sempre foi!

A maldade se aproxima. Essa é a mensagem! O portador da mensagem ainda não tem forças para impedir, então tenta da melhor forma proteger, faz isso avisando, dá sinais...

São detalhes já conhecidos, quando se aproximam já sabemos ao que se referem.

Em outros tempos eu reagiria, já hoje, me recolho, me retiro e não por medo, mas sim por evolução mesmo.

Não adianta discutir com ignorantes. Rebater um ignorante é tornar-se igual.

O mundo está vendo, Deus está vendo qual a verdade.

O pior cego é aquele que engana a si próprio.

Parasitas criam-se até certo estágio, depois 'explodem, se suicidam...'

A vida me ensinou tantas coisas nesses últimos tempos...

Eu não preciso me defender, o escudo está posto... A minha fé!

A fé nas pessoas do bem, nos espíritos claros de pura luz, nos que mesmo de longe protegem, tratam, curam, abençoam, intercedem...

Cada dia nesse plano é digno de ser agradecido e não importa se foi quente como hoje, foi vivido, respirado, inspirado...

Na minha fé estão os que amo, protejo, defendo através dela...

A Força está comigo, porque a verdade está comigo.

A maldade pode tentar, mas não me acolhe, não nasci para isso, sou do lado bom da força!

A humildade me foi ensinada ou quem sabe, lapidada!

Peço ao Pai que tenha compaixão dos maldosos, mentirosos, de mente distorcida.

Que aprendam a ter fé no que é bondoso e percam a fé na malícia.

Que a minha fé proteja além de mim aos que me rodeiam, pois é por eles que aprendi a me recolher, para que não sofram com o meu também sofrimento diante de algo escuro ou obscuro.

E assim segue a vida, conosco driblando 'o lado escuro da força' e procurando ser e fazer o melhor possível.

Luciana
19/11/2014

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Calmaria!


Hoje eu quero calmaria...

Foram dias de loucura e correria...

Amigos, brincadeiras, a tristeza, lembranças, o contato do laço mais precioso, o desabafo de um Ser que repentinamente perdeu seu amor e agora torna-se vítima da maldade, aquela maldade que somente os humanos tem no coração... A ganância!

De outra forma, houve a disputa, perdi, mas isso um dia iria acontecer. Não somos perfeitos, e do resto, segue a vida porque foi somente uma...

Vivi o momento mágico com alguém que eu nunca imaginei... Me trouxe de volta a alegria e o reconhecimento. Uma nova amizade, uma nova 'sei lá o que' que creio que tenha vida longa e isso é o que mais importa.

Não estou me fazendo entender? Só eu sei cada gota de sentimento, cada sensação, cada minuto, segundo, sopro...

Viver de mágoa e passado é procurar o lado ruim da vida, se passou foi porque era para ter PASSADO,  como já diz o nome.

'Segue o baile!'

Olhar em  frente e focar em algo bacana é necessário e gratificante.

Páginas são viradas, mesmo que alguém ainda precise de você. A doença segue junto de muitos, mas cada um tem seu destino e aprendi com a vida que somente podemos ajudar a quem quer ser ajudado.

Melhor? Não, sou comum, porém com pingos a menos de maldade e já com demônios internos de certa forma adormecidos...

Assim sou eu hoje...

Segue a vida, repito!

Cuidar dos meus é a minha missão, viver sorrindo e fazendo sorrir também, mesmo tantas vezes sangrando.

Enganar? Não, apenas não fazer entristecer.

Sou luz, vim da luz, faço luz e sigo a luz!

Vamos lá, em frente, mesmo que sem muita ansiedade, por isso...

Hoje eu quero calmaria!

Luciana
12/11/2014
Um dia quente e chuvoso...

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Foi...




E de repente aquele turbilhão vai se acalmando...
Assim como as coisas boas chegaram, deixou-se as ruins também...
Perdeu-se o controle!
Conviver é difícil, ainda mais tratando-se de alguém tão especial aos seus olhos, mas que faz questão de autoflagelar-se e insiste em não querer viver somente tudo de bom que ainda havia...
Sim, chegou na hora exata, na fase exata, tornou  a minha tristeza em alegria... Transformou os meus dias com sorrisos, brincadeiras, bom humor e boas lembranças...
Hoje, alguns dias após, mostra-se amargo e sem graça, sem aquela vontade (ou capacidade) de viver o melhor e passar por cima do que de ruim sobrou.
Brigar por algo? Não vou. Nenhum sentimento unilateral sobrevive.
As palavras ferem mais do que uma bofetada? A mim sim!
Não há como esquecer acusações, ainda mais quando não se é a única culpada. Odeio isso!
E tudo caminha para aquele final que eu mais temia... O do esquecimento!
Acho que o fim era agora, na fase atual.
Sim, era o fim!
E como tudo na vida tem os dois lados, a mim foi bom enxergar o quanto eu evoluí no sentido de não discutir, repensar, deixar de lado algo que aborreça ainda mais, sendo que munição para uma acirrada discussão eu tinha, mas preferi sair como única culpada.
Melhor deixar assim e seguir em frente, afinal, para que perder tempo discutindo algo que nunca foi?
Sim, na verdade nunca foi, era um sonho que eu insisti em viver depois de apenas ter feito um contato com o intuito única e exclusivamente de 'dizer um Oi e receber outro, como forma de saber que estava tudo bem.'
Até houve uma longa vida! Foram algumas semanas!
A vida faz tudo certo.
Eu ainda creio no que Deus planeja...
E sigo sozinha, tranquila, porque assim não há mágoas, somente a visão daquele imensurável amor que guardei um dia.

Luciana
7/11/2014

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

No Caminho Certo


E quantas vezes demos as mãos ao final de alguma ação social para orar e agradecer?

Quantas vezes nos unimos para fazer acontecer algo que amenize o sofrimento ou a privação de desconhecidos?

Pois desta vez, foi uma de nós, ou seja... Fomos nós mesmas que precisamos desta união.
Era um pedaço de nós, uma parte vital de nossa existência e da nossa alegria.

Mais uma vez deu-se o grito e todos como sempre correram em direção ao chamado e ao objetivo.
Porém, mais do que nunca, o caminho até a conquista foi um tanto quanto longo, mas gratificante.

A cada dia eram mais adesões, mais demonstrações de amizade verdadeira, de zelo, de apego...
Nos tornamos uma família sólida em que cada um se preocupava com cada detalhe e repassava seus anseios e preocupações aos outros.

Alem de trocar idéias e pensar em detalhes nós brincávamos bastante para descontrair porque o nosso problema iria muito além de comprar algo para revitalizar alguém, o nosso problema era a saúde e com isso não se brinca (assim penso agora).

Nós tínhamos e ainda temos um longo caminho a percorrer em busca de uma VITÓRIA e juntos vamos alcançar.

Sim amigos, aqui ninguém adoece sozinho!

Os pensamentos e idéias voavam, os temas das conversas eram os mais variados, mas ao mesmo tempo o foco era sempre o mesmo... Cuidar do nosso bem precioso, ELA!

Além de rir e brincar também nos emocionávamos.
Chorávamos juntas, não por medo e sim por extremo cuidado...

Cada uma tinha a sua maneira de ver e sentir...
Umas mais friamente (ou tentando ser para não deixar as outras chegarem ao extremo da fragilidade) e outras com aquele medo que só as crianças tem. O mais puro medo.

Num final de tarde saí do trabalho e passando por uma praça me dei por conta da grandeza de tudo aquilo e dessa união e tudo o que fazia parte dela.

O problema de uma é de todas e nós crescemos imensuravelmente como pessoas naquela luta que ainda não acabou mas vai passar...

Nós fazíamos contagem regressiva de quanto ainda faltava para alcançarmos o valor, o objetivo...
Os valores eram expostos todos os dias e contávamos nos dedos os minutos para que eu avisasse: Chegamos ao valor!

No dia em que olhei a conta bancária e o penúltimo depósito havia sido realizado chamei o grupo e nós choramos juntas!
Não era somente algo material, era uma alegria que daríamos à ELA, a nossa frágil, porém exemplar guerreira.

No dia em que ela recebeu 'o mimo' nós tivemos a certeza de que cada segundo valeu a pena porque a partir daquele momento nós sentimos que realmente tínhamos um papel importante naquela luta.

Nós à fizemos novamente sorrir e aquele sorriso era o que de mais precioso aguardávamos.

Agora é seguir em frente, juntas, segurando na mão dela e ela às nossas porque como extremo exemplo de grandeza, ELA nos ensina e muito a cada dia.

E que tudo passe a seu tempo e nós vamos vivendo um dia de cada vez, com seus detalhes, suas provações, mas com a certeza de que juntas somos uma e a nossa jóia preciosa sairá VITORIOSA!


Luciana
29/10/2014

terça-feira, 28 de outubro de 2014

'N'


E agora, o que eu vou fazer?
Se os seus lábios ainda estão molhando os lábios meus?
E as lágrimas não secaram com o sol que fez?

E agora como posso te esquecer?
Se o seu cheiro ainda está no travesseiro?
E o seu cabelo está enrolado no meu peito?

Espero que o tempo passe
Espero que a semana acabe
Pra que eu possa te ver de novo

Espero que o tempo voe
Para que você retorne
Pra que eu possa te abraçar
E te beijar
De novo

E agora, como eu passo sem você?
Se o seu nome está gravado no
Meu braço como um selo?
Nossos nomes que tem o "N"
Como um elo

E agora como posso te perder?
Se o teu corpo ainda guarda o
Meu prazer?
*E o meu corpo está moldado com o teu?

Espero que o tempo passe
Espero que a semana acabe
Pra que eu possa te ver de novo

Espero que o tempo voe
Para que você retorne
Pra que eu possa te abraçar

Espero que o tempo passe
Espero que a semana acabe
Pra que eu possa te ver de novo

Espero que o tempo voe
E que você retorne
Pra que eu possa te abraçar
E te beijar
De novo
De novo... de novo... de novo

(Nando Reis)


quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Um amor? Não, O Amor!!


Seria extremamente lindo se todas as pessoas partissem deste plano sabendo o que é um verdadeiro amor...

Aquele amor que você vive, ama, transborda dentro de um misto de paixão, loucura, inconsequência, serenidade, sobriedade, explosão!



Um amor que seguisse, mesmo que após o final, em sua mente, em seu coração...

Algo que fosse guardado com extremo zelo dentro do peito, como jóia rara...

Existem pessoas que infelizmente, nascem, crescem e se vão sem saber o que é isso...

Sim, você pode pensar: "Mas se não seguiram juntos é porque não era amor!"

Isso é teoria. A vida segue e mesmo o tempo ou a distância não apagam um verdadeiro amor. A essência do sentimento e de tudo o que se vive dentro dele permanecem.

Viver amando alguém nem sempre é viver ao lado dessa pessoa...

O mundo distancia pessoas e em alguns casos isso torna tudo ainda mais maravilhoso!

Seria uma forma de ver as coisas com uma quantia de sadismo amar alguém de longe?

Penso eu que não!

Ao meu entendimento, em alguns casos a vida afasta as pessoas na hora certa para que o amor permaneça sem tristes lembranças.

Viver um grande amor e poder gritar aos quatro ventos "Eu tive um amor de verdade!" é para poucos!

De repente você desce de um automóvel, em um lugar onde nunca imaginou estar e a primeira pessoa com quem se depara passa a partir daquele exato momento  a ser o seu amor e com o tempo isso vai amadurecendo e você percebe que esta pessoa foi  sim o grande amor da sua vida.

Existem coisas nessa existência que valem a pena viver cada momento e eu vivi!

Sim, eu vivi um grande amor.

Hoje, 20 anos depois, após um reencontro eu tenho a maturidade e a liberdade de dizer: "Você foi o grande amor da minha vida!"

Tudo isso sem ser mal interpretada, sem correr risco algum de se tornar ridícula e o melhor, o ponto alto de tudo... Saber que você também foi o amor.

Há coisas nessa existência que não tem preço!

Hoje eu posso dizer que a vida já valeu a pena porque EU VIVI O GRANDE AMOR DA MINHA VIDA e  além do meu peito ele mora muito perto, bem aqui, do outro lado da linha, de onde me faz sentir que tudo valeu a pena!

Luciana
22/10/2014


sexta-feira, 10 de outubro de 2014

O Gigante que Uniu!


Nós nos conhecemos  há mais de 10 anos quando eu, em meio a uma crise de depressão, descobri um jogador que tinha tudo para ser vencedor dentro do clube que amava.
Numa tarde de domingo, 10/06/2004, num greNAl, o clássico classificado por muitos como o de maior rivalidade surgiu, ‘o rapaz cabeludo que saiu do banco de reservas do Internacional para fazer história...’
Sim, essa história todos nós conhecemos, mas é inevitável lembrar e se emocionar.
Nós colorados ganhamos um líder, eu ganhei uma motivação para sair de casa e ir ao estádio acompanhar ainda mais de perto o meu Inter.
A raça que aquele rapaz demonstrou já na estreia me chamou a atenção e fui ler mais sobre ele.
Nasceu em Goiás, iniciou a carreira por lá, foi para a França e observado por Fernando Carvalho, um ‘expert’ em talentos, veio para o nosso clube. Ele era simples. Gostava de andar de chinelos, camisa surrada, bermudas de elástico na cintura, falar ‘gírias interioranas...’
Adorava estar no meio de gente humilde, cantar modas de viola, ouvir sertanejo de raiz...
Ao mesmo tempo sabia ser refinado, vestia-se impecavelmente em ocasiões especiais, portava-se como um ‘Lord.’
E também sabia liderar!
Quando assumia algo, assumia além das responsabilidades e tornava-se  O Gigante.
Seu nome significava ‘Inteligente, Protetor.’ E isso, ele era...
Aos poucos eu ia voltando a ter vontades... Vontade de sair de casa e ir ao estádio, ouvir música, colecionar fotos daquele que seria mais tarde um amigo querido.
Fernando era menino sapeca. Adorava brincar, soltar sonoras gargalhadas, viver!
Foi ‘maestro’ da nossa  primeira conquista da Copa Libertadores em 2006 e teve uma parcela imensurável de contribuição  na conquista do Mundial  de Clubes, nosso título de maior expressão.
Tornou-se além de um jogador referência, Diretor Técnico, Treinador e acima de tudo... Torcedor dos mais apaixonados.
Sofria com a distância do clube, da sua torcida, do seu povo!
Aos nossos olhos foi uma passagem rápida por este plano, aos olhos de Deus, cumpriu a sua missão.
Foram 36 anos alegrando pessoas da família, orgulhando uma mãe apaixonada, honrando a família que gerou com extremo amor, dedicação e cuidado, amando incondicionalmente a esposa, sua companheira da vida, eterna namorada, deixando amigos a cada dia mais cheios de admiração, dando exemplos de raça, garra, humildade e grandeza a torcedores dos clubes por onde passou ou não, com sua gigantesca luz de líder – campeão.
Na noite de 7/06/2014, o dia em que Fernando partiu, rumei ao Estádio Beira Rio com alguns amigos. Lá, desde cedo, torcedores haviam escolhido um local, nenhum melhor, o local onde já havia o título, Gigante Para Sempre...
Colocaram o nome FERNANDÃO antes do título (que passou a ser: Fernandão, Gigante Para Sempre), deixaram recados e mensagens escritas na parede, flores, velas, lembranças...
Quando cheguei ao local foi um impacto. Muitas pessoas, cantos, orações, lágrimas, abraços e o que me soou curioso na hora, torcedores do maior rival do Sport Club Internacional, nosso clube do coração, estavam lá. Um tanto quanto tímidos, mas fardados com a camisa do seu clube, cantavam em meio à nossa torcida, choravam, oravam, faziam silêncio...
Foi emocionante! Conhecedores da pessoa Fernando Lúcio da Costa - Fernandão sabem que ele estaria feliz em ver aquela união, afinal, sempre respeitou adversários, a escolha e a trajetória do clube daqueles torcedores.
Na minha vida como amante do futebol, desconheço passagem semelhante, um Gigante que uniu as duas torcidas ditas de maior rivalidade em demonstrações de admiração e respeito.
Esse feito, somente poderia ter vindo daquele que aos meus olhos foi e sempre será O Melhor de Todos, O Eterno Capitão do Mundo.
Fernandão Eterno!

Luciana Lima


* Texto que escrevi para participar do concurso cultural da FECI.
Serei condecorada com  Medalha de Mérito Cultural Poético.
10/10/2014



segunda-feira, 14 de abril de 2014

Nós!

Nós somos brincalhões, somos sérios, debochados, somos diferenciados...

Somos bacanas, unidos para o bem, por vezes o melhor abraço...

Sorrimos muito, cantamos, choramos, nos acolhemos...

Somos emotivos! A cada vitória, cada conquista, cada derrota para a vida, cada lembrança nós choramos!

Nós viajamos juntos seja a locais diferentes ou parados no mesmo local. O que importa é o momento.

Somos fiéis à nossa bandeira, leais uns aos outros, cordiais, companheiros...

Brincamos feito crianças seja com um apito na boca, uma bandana, uma tiara, uma bandeira...

Somos todos adultos!

Cada um com as suas tristezas, com a sua alma calejada pelo implacável Tempo.

Nossos encontros são regados a cerveja, água mineral, refrigerante, espumante, amor...

Na hora certa lutamos juntos, levantamos parte da torcida ainda adormecida, rumamos a qualquer lugar.

Olhamos o horizonte, nem pensamos duas vezes, mergulhamos de cabeça quando trata-se de companheirismo.

Nosso sorriso as vezes esconde a lágrima que não quer cair ou a dor que insiste em se fazer presente...

Também choramos a toa, por um simples abraço.

Somos carentes de algo que nos une! Amizade, lealdade, hu ma ni da de!

Juntos nós ganhamos ou perdemos... Batalhas, partidas, vidas!

E o que parte ou o que chega nos une a cada encontro.

Podem dizer, definir como quiser!

Somos vítimas de crítica por sermos ‘fanáticos’ ou de inveja por sermos Unidos!

O que pensamos ou dizemos a quem nos julga?

Não queiram viver as nossas tristes trajetórias na vida mas,  queiram viver a nossa alegre Caminhada Vermelha!

Sejam resignados à Força Maior que nos rege e nos acompanhe!

Venha, porque juntos, somos amor, do nosso jeito, à nossa maneira!

Quem somos?

Não importam os nomes!

Somos Jorges, Veras, Elianes, Lucianas, Julios, Josés, Paulos, Leonardos, Colorados, Peleadores, amigos!
 




quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

E assim seguimos...



Hoje olhei para um longo caminho o qual eu precisava percorrer até chegar ao meu objetivo e pensei:  “É longo mas é só um caminho, vamos lá!”

Desde ontem tenho procurado prestar mais atenção às pequenas coisas, aos detalhes aos gestos...

Passei por uma fase que Deus colocou em minha vida com um propósito porque sei que Ele nunca faz algo em vão...

Essa fase me ensinou a perdoar, não mau-querer, repensar, admirar, valorizar ainda mais as pessoas e me fez descobrir  diamantes...

Tenho sido mais observadora e isso tem mantido minha mente mais tranquila...
Uma mudança um tanto quanto brusca para quem era um turbilhão.

Mas meu querer continua o mesmo. O meu coração como há anos atrás não vivia agora está preenchido.  Coisas que fugiram de meu controle,  mas em breve, ao baixar da poeira voltam a ser guardados em seus devidos lugares e denominados com belos adjetivos, eu espero!

A mudança às vezes vem com o medo ou é consequência de ter passado por ele.

Sim, não deveríamos tentar ser melhores somente por esse motivo,  mas aconteceu...
De agora em diante nunca mais vou reclamar da chuva que molha porque ela também traz vida!

Nem tão pouco reclamarei do calor do sol que também aquece a alma de muitos...
Do frio, muito menos... Ele aconchega!

Coisas simples, vida simples não fosse ter que abrir mão de um sentimento tão puro e bonito, mas tudo bem. Tudo quase perfeito! Se é assim que precisa ser, vai ser!

A vida é muito boa para ser vivida!

Preciso aproveitar a chance que tive e dar boas vindas ao novo!

E aquela que antes reclamava da preguiça, hoje já vai pensar e agradecer por estar preguiçosa e viva!


E assim seguimos...

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Descobrindo Amizades


Vivo uma fase não muito boa em relação à saúde,  mas tenho Fé e isso me move...

Uma amiga muito querida me falou há alguns dias... “Deus só nos coloca essas provações para testar a nossa fé!”

Pode ser. Se for assim, serei aprovada porque a minha fé é muito grande.

Além de Jesus Cristo, que sempre foi o meu maior companheiro de todas as horas, tenho comigo pessoas que distantes fisicamente ou não me enchem de ‘mimos’, de alegria em ler várias mensagens e de prazer em ouvir tantas palavras de força e carinho.

Eu penso que a minha fase também está servindo para que eu descubra pessoas maravilhosas e companheiras em meio a tanta gente que conheço. Talvez essas pessoas até estranhem o tamanho da minha gratidão.

Amigo:  Eu sempre prezei muito essa palavra e seu real significado.

Bondade e doação: Coisas que eu sempre procurei  fazer. Ser uma pessoa de bom coração e doar meu tempo, minha oração, minhas iniciativas para amenizar o sofrimento alheio. Quem me conhece sabe disso.

São coisas que eu sempre fiz e nem sempre precisei ou quando precisei nem sempre recebi. Culpa de quem? Não sei, creio que das circunstâncias...

Essa doação das pessoas em reservar um tempinho para escrever aquela mensagem ou realizar uma ligação telefônica para me demonstrar seu carinho é algo que emociona profundamente. Eu nunca imaginei o quanto era observada, admirada, amada...

Eu espero sinceramente que essa fase passe logo, que não tenha um final ruim porque além de valorizar ainda mais a vida e o corpo que recebi de Deus para essa passagem na terra, eu quero poder abraçar cada uma dessas pessoas porque eu sei bem quem são elas e lembro cada detalhe de tudo o que me dizem.

A minha personalidade é de bastante razão,  porém extremo coração.

Eu sou muito carinhosa e espero que um dia cada uma dessas pessoas, sem confundir o que realmente sinto, saiba e sinta-se tão amada por mim quanto eu nesse momento.

São pessoas que eu vou sempre estar pronta a me doar, são pessoas de quem estarei sempre próxima, ainda mais ligada.

A espera e o medo são companhia constante nessa minha fase. Sim, sei que já passei por outras tão ruins quanto, mas nunca tive a grandiosidade de pedir a Deus que ninguém passasse por fase igual.

Dessa vez, está sendo diferente.

Amigos são preciosidades, são pessoas com seus defeitos, assim como os meus inúmeros, porém devem ser respeitados, extremamente amados sem restrição porque depois que fazem ‘a passagem’ não adianta reclamar como eu mesma já fiz tantas vezes por ter sido tão relapsa.

“Ela está ali e sabe que eu a amo!”

Isso até pode ser bom, mas o toque, a palavra, o abraço são coisas de imensurável valor e disso eu nunca mais vou esquecer.

Agradeço a Deus por me dar o privilégio de ter tantos ‘anjos da guarda’ e prometo a Ele que nunca mais vou deixar de dizer Eu Te Amo a cada um deles.

Espero que me entendam, que respeitem a minha maneira de ser, compreendam a minha gratidão.

Porque apesar de medrosa e um tanto quanto triste, eu me sinto alguém extremamente especial aos olhos do mundo e quero compensar cada instante dessa grande descoberta.
Os verdadeiros amigos!

Luciana

20/02/2014







Com Alma



Chegamos cedo ao local. Fomos abraçar amigos, beber muita água, conversamos, recebemos carinho.


De minha parte, a cada minuto que passava  aumentava ainda mais a ansiedade. Eu queria viver aquilo! Eu queria ver a casa pronta!!

A minha última lembrança era de um paredão de barro coberto por lonas pretas. Aquilo me corroia. Era a minha casa, a nossa casa daquele jeito.

No fundo eu sabia que seria transformado em algo lindo,  porém  não dimensionava o quão deslumbrante...

Chegou a hora da fila para logo a entrada. Eu conversava com amigos, respondia algumas perguntas e meio que sem perceber  porquê  meu pensamento era somente o de entrar, de saber o que sentiria, eu parecia flutuar...

Quando entramos no pátio meu peito apertou. Passamos as catracas e olhei aquela escada e ao fundo algo diferente, muito grande.  Sim, parecia bem maior...

Agarrei  a minha bandeira, coloquei em frente ao rosto segurando ela amassando com as mãos de forma que somente meus olhos ficassem de fora.  As lágrimas começavam a cair na medida em que eu vencia cada degrau.

Quando entrei e olhei ao redor parecia um sonho!

Chorei,  lembrei  de muitas coisas, muitas emoções que vivi naquele lugar, lembrei do meu ídolo Fernandão,  lembrei do Valdomiro, agradeci a Deus por estar ali, pedi que Ele me deixasse viver por muito mais tempo para que eu pudesse desfrutar de tudo, viver ainda mais alegrias ali dentro, que me deixasse lutar ali junto da massa vermelha, chorei feito criança...

Depois os amigos escolheram os assentos e sentamos para continuar a observar cada detalhe.

Aos meus olhos, tudo perfeito! Eu ainda não acreditava estar no mesmo local de tantas batalhas vermelhas.

Conversávamos muito, falávamos em um tom muito alto, éramos ‘adultos vivendo um pedaço da infância’, aquela parte do êxtase por algo novo...

Iniciou a partida. O jogo até certo momento passava como na televisão, quase não prestávamos atenção ao que estava ocorrendo.

Aos poucos o tempo passou e fomos focando no jogo. Primeiro gol do Fabrício. Há pouco havíamos comentado que ele merecia marcar O Primeiro Gol do Novo Beira Rio.

Um jogador extremamente contestado,  mas é um ser humano, um profissional e isso para ele deveria ter um sentido, algo muito forte e sério, como de fato foi pelas entrevistas que concedeu.

Depois o segundo, terceiro e quarto gols.

As pessoas a cada gol se abraçavam e vibravam como numa final de Libertadores. A emoção se uniu à da visita à casa vermelha depois da reforma e se tornou um turbilhão.
Era final do jogo e as pessoas ainda se cumprimentavam como se todos se conhecessem. Sim, ali tem alma! Tem sentimento!  É a Nossa Casa, local onde todos devem se sentir felizes, acolhidos, e era nítida essa sensação.

Assistimos gente chorando de alegria, sorrindo de felicidade. O sentimento era somente esse. Não havia espaço para a tristeza naquele final de tarde e início de noite de sábado.
Na saída, todas as pessoas passavam com um largo sorriso de alívio. A obra ficara perfeita, imponente!

Ainda no pátio algumas pessoas me chamavam. Umas eu conhecia, abraçava, voltava a falar alto, outras eram amigos virtuais que me reconheceram e como se fossemos amigos de infância nos abraçávamos...

Saí do Gigante feliz! Esqueci-me das tristezas que me rondam. Depois de tantos abraços e carinho em nossa casa vermelha estava difícil desacelerar... A noite foi longa, o sono não chegava. Parecia que havíamos  ganhado mais um título de expressão.

Foi um sábado mágico. E era apenas um jogo experimental, imagina o que vai ser dos dias 5 e 6 de abril.

Precisamos preparar o coração porque vem mais emoção por aí...

E que Deus nos abençoe com saúde para lá viver, sorrir e dar muitos abraços e gritos de gol porque sabemos que naquele local, cada lágrima vale a pena.

E que assim seja...


Luciana

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Até que a morte nos separe


Naquela noite,enquanto minha esposa servia o jantar, eu segurei sua mão e disse: "Tenho algo importante para te dizer". Ela se sentou e jantou sem dizer uma palavra. Pude ver sofrimento em seus olhos. De repente, eu também fiquei sem palavras. No entanto, eu tinha que dizer a ela o que estava pensando. Eu queria o divórcio. E abordei o assunto calmamente. Ela não parecia irritada pelas minhas palavras e simplesmente perguntou em voz baixa: "Por quê?"  Eu evitei respondê-la, o que a deixou muito brava. Ela jogou os talheres longe e gritou "você não é homem!" Naquela noite, nós não conversamos mais. Pude ouví-la chorando. Eu sabia que ela queria um motivo para o fim do nosso casamento. Mas eu não tinha uma resposta satisfatória para esta pergunta. O meu coração não pertencia a ela mais e sim a Jane. Eu simplesmente não a amava mais, sentia pena dela. Me sentindo muito culpado, rascunhei um acordo de divórcio, deixando para ela a casa, nosso carro e 30% das ações da minha empresa. Ela tomou o papel da minha mão e o rasgou violentamente. A mulher com quem vivi pelos últimos 10 anos se tornou uma estranha para mim.
Eu fiquei com dó deste desperdício de tempo e energia mas eu não voltaria atrás do que disse, pois amava a Jane profundamente. Finalmente ela começou a chorar alto na minha frente, o que já era esperado. Eu me senti libertado enquanto ela chorava. A minha obsessão por divórcio nas últimas semanas finalmente se materializava e o fim estava mais perto agora. No dia seguinte, eu cheguei em casa tarde e a encontrei sentada na mesa escrevendo. Eu não jantei, fui direto para a cama e dormi imediatamente, pois estava cansado depois de ter passado o dia com a Jane. Quando acordei no meio da noite, ela ainda estava sentada à mesa, escrevendo. Eu a ignorei e volteia dormir. Na manhã seguinte, ela me apresentou suas condições: ela não queria nada meu, mas pedia um mês de prazo para conceder o divórcio. Ela pediu que durante os próximos 30 dias a gente tentasse viver juntos de forma mais natural possível. As suas razões eram simples: o nosso filho faria seus exames no próximo mês e precisava de um ambiente propício para preparar-se bem, sem os problemas de ter que lidar com o rompimento de seus pais. Isso me pareceu razoável, mas ela acrescentou algo mais.
Ela me lembrou do momento em que eu a carreguei para dentro da nossa casa no dia em que nos casamos e me pediu que durante os próximos 30 dias eu a carregasse para fora da casa todas as manhãs. 
Eu então percebi que ela estava completamente louca mas aceitei sua proposta para não tornar meus próximos dias ainda mais intoleráveis. Eu contei para a Jane sobre o pedido da minha esposa e ela riu muito e achou a idéia totalmente absurda. "Ela pensa que impondo condições assim vai mudar alguma coisa; melhor ela encarar a situação e aceitar o divórcio", disse Jane em tom de gozação. 

Minha esposa e eu não tínhamos nenhum contato físico havia muito tempo, então quando eu a carreguei para fora da casa no primeiro dia, foi totalmente estranho. 
Nosso filho nos aplaudiu dizendo "O papai está carregando a mamãe no colo!" Suas palavras me causaram constrangimento. Do quarto para a sala, da sala para a porta de entrada da casa, eu devo ter caminhado uns 10 metros carregando minha esposa no colo. Ela fechou os olhos e disse baixinho "Não conte para o nosso filho sobre o divórcio" Eu balancei a cabeça mesmo discordando e então a coloquei no chão assim que atravessamos a porta de entrada da casa. Ela foi pegar o ônibus para o trabalho e eu dirigi para o escritório. 

No segundo dia, foi mais fácil para nós dois. Ela se apoiou no meu peito, eu senti o cheiro do perfume que ela usava. Eu então percebi que há muito tempo não prestava atenção a essa mulher. Ela certamente tinha envelhecido nestes últimos 10 anos, havia rugas no seu rosto, seu cabelo estava ficando fino e grisalho. O nosso casamento teve muito impacto nela. Por uns segundos, cheguei a pensar no que havia feito para ela estar neste estado. No quarto dia, quando eu a levantei, senti uma certa intimidade maior como corpo dela. Esta mulher havia dedicado 10 anos da vida dela a mim.

No quinto dia, a mesma coisa. Eu não disse nada a Jane, mas ficava a cada dia mais fácil carregá-la do nosso quarto à porta da casa. Talvez meus músculos estejam mais firmes com o exercício, pensei. Certa manhã, ela estava tentando escolher um vestido. Ela experimentou uma série deles mas não conseguia achar um que servisse. Com um suspiro, ela disse: "Todos os meus vestidos estão grandes para mim". Eu então percebi que ela realmente havia emagrecido bastante, daí a facilidade em carregá-la nos últimos dias. A realidade caiu sobre mim com uma ponta de remorso... Ela carrega tanta dor e tristeza em seu coração..... 
Instintivamente, eu estiquei o braço e toquei seus cabelos. Nosso filho entrou no quarto neste momento e disse "Pai, está na hora de você carregar a mamãe". Para ele, ver seu pai carregando sua mão todas as manhãs tornou-se parte da rotina da casa. Minha esposa abraçou nosso filho e o segurou em seus braços por alguns longos segundos. Eu tive que sair de perto, temendo mudar de idéia agora que estava tão perto do meu objetivo. Em seguida, eu a carreguei em meus braços, do quarto para a sala, da sala para a porta de entrada da casa. Sua mão repousava em meu pescoço. Eu a segurei firme contra o meu corpo. Lembrei-me do dia do nosso casamento. Mas o seu corpo tão magro me deixou triste.

 No último dia, quando eu assegurei em meus braços, por algum motivo não conseguia mover minhas pernas.Nosso filho já tinha ido para a escola e eu me vi pronunciando estas palavras:"Eu não percebi o quanto perdemos a nossa intimidade com o tempo". Eu não consegui dirigir para o trabalho... fui até o meu novo futuro endereço,saí do carro apressadamente, com medo de mudar de idéia... Subi as escadas e bati na porta do quarto. A Jane abriu a porta e eu disse a ela "Desculpe Jane. Eu não quero mais me divorciar". Ela olhou para mim sem acreditar e tocou na minha testa "Você está com febre?" Eu tirei sua mão da minha testa e repeti "Desculpe,Jane. Eu não vou me divorciar. Meu casamento ficou chato porque nós não soubemos valorizar os pequenos detalhes da nossa vida e não por falta de amor. Agora eu percebi que desde o dia em que carreguei minha esposa no dia do nosso casamento para nossa casa, eu devo segurá-la até que a morte nos separe. A Jane então percebeu que era sério. Me deu um tapa no rosto, bateu a porta na minha cara e pude ouví-la chorando compulsivamente. Eu voltei para o carro e fui trabalhar. Na loja de flores, no caminho de volta para casa, eu comprei um buquê de rosas para minha esposa. A atendente me perguntou o que eu gostaria de escrever no cartão.
Eu sorri e escrevi: "Eu te carregarei em meus braços todas as manhãs até que a morte nos separe". 

Naquela noite, quando cheguei em casa, com um buquê de flores na mão e um grande sorriso no rosto, fui direto para o nosso quarto onde encontrei minha esposa deitada na cama - morta. Minha esposa estava com câncer e vinha se tratando a vários meses, mas eu estava muito ocupado com a Jane para perceber que havia algo errado com ela. Ela sabia que morreria em breve e quis poupar nosso filho dos efeitos de um divórcio - e prolongou a nossa vida juntos proporcionando ao nosso filho a imagem de nós dois juntos toda manhã. Pelo menos aos olhos do meu filho, eu sou um marido carinhoso. Os pequenos detalhes de nossa vida são o que realmente contam num relacionamento.Não é a mansão, o carro, as propriedades, o dinheiro no banco. Estes bens criam um ambiente propício a felicidade mas não proporcionam mais do que conforto. Portanto, encontre tempo para ser amigo de sua esposa, faça pequenas coisas um para o outro para mantê-los próximos e íntimos. Tenham um casamento real e feliz! 

Se você não dividir isso com alguém, nada vai te acontecer. Mas se escolher compartilhar para alguém, talvez salve um casamento. Muitos fracassados na vida são pessoas que não perceberam que estavam tão perto do sucesso e preferiram desistir... Valorize quem realmente te ama... Pense nisso!

Esse relato retirei da internet. Achei lindo e me fez pensar muito...

Luciana
22/01/2014