quarta-feira, 27 de abril de 2011

MESTRE...


A cada dia que passa, Deus me mostra que ficam na vida da gente apenas as pessoas que realmente importam...
È, isso é fato!
Hoje é 27/04/2011 e eu estou aqui feliz e muito emocionada, pois me pego pensando na trajetória de um grande amigo que fiz e que permanece em minha vida...
Sim, ele é uma das pessoas que importam!
De desacreditado homem, caminhoneiro, vítima de deboche ou descaso por parte de algumas pessoas bem próximas, meu grande amigo mostrou que está mais do que provado que realmente “O Mundo dá voltas...”
Meu amigo não desistiu, apesar de ás vezes eu ser forçada a brigar com ele e chamá-lo à realidade, lembrá-lo seu valor, sua importância para cada um de nós, seus leais amigos...
O percurso foi tortuoso, houveram inúmeras dificuldades, com elas veio a vontade de desistir, mas isso não aconteceu...
Amanhã, 28/04 meu grande amigo se tornará Mestre em História...
Foi a conclusão da faculdade, a Pós Graduação e agora o Mestrado...
Tudo isso, passo a passo, dia a dia, hora a hora de suor e imensurável esforço, e eu tenho o privilégio de ser testemunha, e porque não dizer... Incentivadora de tudo isso...
Mais um motivo de orgulho em minha vida, mais uma motivação aos descrentes... Podemos sim ser melhores a cada dia!
Parabéns Bira, tu não és somente Mestre em História...
Ès Mestre na Arte de Nos Ensinar Caminhos...
Te Amo!

terça-feira, 12 de abril de 2011

Noite de Domingo

Após uma longa e feliz tarde de domingo com direito a amigos reunidos, estar no Gigante da Beira Rio, meu local predileto para passar o domingo, com direito à goleada do meu time do coração e um longo abraço do Capitão Bolívar fui com um casal de amigos até um quiosque comer um cachorro quente.

Estávamos com aquela vontade de comer “cachorro de carrocinha...”

Chegamos lá, encomendamos nosso lanche, sentamos e, do outro lado da rua avistamos um senhor sentado.

Era um andarilho, barbudo, uma pessoa nítidamente castigada pela vida.

Ele em seu silêncio, olhando ao local onde eram preparados os lanches, certamente com fome porém já sem aquela esperança de que alguma boa alma o alimentasse...

E o detalhe... Ao seu lado sua fiel amiga e companheira de dias de sol e calor no verão e noites frias e úmidas de inverno...

Não nos contemos e pedimos um lanche e mais e separamos também duas salsichas...

Atravessamos a rua, ainda com um certo medo da reação daquele homem, visto que ele vive na rua e já deve ter sido vítima de muita violência ou xingamentos, típicos dos que os humanos que tem um pouco mais fazem com os que nada tem...

Nos aproximamos e ele levantou os olhos e sorriu.

Nós perguntamos se ele aceitaria um lanche e ele disse que sim. Então minha amiga alcançou em sua mão.

Logo baixei o corpo cortei as salsichas para dar ao cão, que com um olhar sofrido também me agradeceu.

Conversamos um pouco com o homem, acarinhamos o cão, que na verdade era uma fêmea e segundo o homem... “Ela cuida dele todas as noites na rua...”

Depois nos despedimos e fomos comer nosso lanche com a sensação de que algo de bom fizemos naquela noite e de que mesmo vítimas de muito preconceito e descaso, pessoas que vivem na rua também podem ser respeitadoras e gentis...

Após lancharmos fomos até o carro, quase ao lado onde aquele homem continuava a degustar seu lanche na companhia de sua fiel amiga e demos boa noite...

E o que ouvimos?

“Obrigado, vão com Deus!”

Pois é, um homem sofrido pelo descaso e pelos percalços da vida ainda crê em Deus, ainda carrega O Pai Maior no coração, o que nos mostra que nunca, jamais devemos reclamar das adversidades e muito menos pensar que Deus não está em cada canto do mundo, em cada detalhe da vida, mesmo que seja em um simples homem e sua amiga canina que vivem sob a luz da lua...

Luciana Lima
12/04/2011

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Cai a Chuva


Cai a Chuva
Claus e Vanessa


Cai a chuva
Se eu penso em ir embora
Você não deixa
Tudo aquilo, tudo aquilo que eu te dei
Me pede que eu esqueça
Mas será que vai valer
Chove chuva
Se eu saio e vou me embora
Você me liga
Quer de volta tudo aquilo que eu te dei
E muito mais
Mas será que vai valer, pode ser
Deixa a chuva cair
Que eu quero me molhar
Deixa o som me levar
Cai a chuva, beira do mar
Tudo está no seu lugar
Deixa a chuva cair
Que eu quero me molhar
Deixa o som me levar
Cai a chuva, beira do mar
E tudo volta pro lugar

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Mãos Dadas...


Hoje é sexta-feira...

Mais uma sexta-feira do calendário, dia primeiro de abril de 2011.

Mas o que tem demais nisso? Nada, não fosse o que vivi há pouco...

Saí de casa como de costume, às 6:50 da manhã. Peguei um seletivo até pertinho do trabalho.

Passei no AM PM para tomar um capuccino com chocolate...

Saindo do posto, encontro uma mãe, caminhando delicadamente com seu filho de aparentemente 5 ou 6 anos de idade.

Uma criança especial... Aos meus olhos, aos olhos de Deus, aos nossos olhos...

Uma criança com Down.

Eu já havia o visto passando ali e o cumprimentado.

Quando ele me viu, dizia à mãe: "Que linda!"

E a mãe... "Sim, ela é linda!"

Segui ali ao seu lado, caminhando, peguei sua mão e fui conversando, hora com ele, hora com a mãe...

De mãos dadas com o menino, uma de cada lado, ao descermos o "cordão da calçada" o levantamos para fazer de conta que ele voava... Sorriu muito. È a alegria dos pequenos gestos...

Foi na esquina do meu trabalho que nos despedimos.

O menino foi pego no colo pela mãe, chegou até mim e passou a mão no meu rosto, dei um beijo...

De longe ele me olhava, beijava a palminha da mão e "atirava" um beijo...

Não sei se pode-se chamá-lo de uma criança especial, talvez uma criança normal, só Deus sabe definir...

Mas eu, o sinto especial, não somente por ser marcado pela síndrome, mas por ser mais um humano que já podemos dizer que terá bom coração, será carinhoso...

Meu dia, apesar de um céu carregado se abriu diante daquela luz...

E fica a certeza, de que aconteça o que acontecer, minha sexta-feira já valeu a pena...

Luciana