quarta-feira, 11 de novembro de 2009

3:16








Um dia marcaram de se encontrar em um ponto movimentado da cidade.
Lá, pessoas de todas as tribos sentavam à beira da calçada, nos bares, bancos, por onde pudessem pelo simples desejo de se comunicar, trocar idéias, tocar violão, compor músicas, namorar...
Com eles não foi diferente...
Faziam parte da mesma turma, um atraía o outro e um dia resolveram conversar a sós, mesmo que em público...
Eram 21hs quando chegaram...
Sentaram inicialmente em um banco em frente a um local chamado Zé do Passaporte.
Ali transitavam muitos carros e pessoas que se dirigiam àquele local de encontro das tribos.
Conversaram muito até que deram o primeiro beijo...
Algo bacana pairava no ar, não seria um simples ficar...
Depois de um tempo, já cansados de ficarem sentados foram dar uma volta, ver o movimento das tribos etc...
Mas tarde, como já era de se esperar, sentaram-se em um local um pouco mais reservado e conversaram novamente por um longo tempo...
Era noite de sexta-feira e no outro dia os compromissos iniciavam cedinho...
Pois em todo esse envolvimento de conversas, conhecimentos trocados e carinhos perceberam que se fazia tarde...
Olharam no relógio e eram 3:16.
Deram um pulo de surpresa pois pareciam ter-se encontrada há alguns minutos...
Despediram-se, mesmo que isso sendo um sacrifício para dois jovens que estavam tão felizes por estarem ali juntos e com o mesmo sentimento...
Continuaram se encontrando até que o tempo os afastou...
Porém toda a vez que se encontravam, falavam um ao outro: “3:16!”
Ficou uma mística naquela expressão, algo que teria o sentido de “lembra daquela noite? Foi bom, não?”
O tempo passa, e hoje, quase 15 anos depois ela ainda lembra destes fatos e toda a vez que vê no relógio 3:16 lembra-se fatalmente do seu companheiro de conversa e carinho...

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