sexta-feira, 19 de março de 2010

RIVERA - A Terceira Batalha

Quarta-feira, 17 de março de 2010... Temperatura amena e corações palpitantes...
Nos encontramos dentro do pátio do Gigante, muitos, mas muitos colorados apaixonados prontos para mais uma das 14 batalhas que temos (e iremos) passar até chegar ao Bi da Libertadores...
Nem todos se conheciam, porém o carinho era de uma reciprocidade ímpar...
Os componentes da Confraria a que faço parte fizeram um brinde pelos 39 meses da Conquista do Mundial, e as Meninas da Mureta compartilharam deste brinde...
Embarcamos naqueles confortáveis ônibus e dentre muita festa, pizza, amigos e sorrisos rumamos à Rivera...
Chegamos lá bem cedinho, fomos direto tomar café da manhã no restaurante do hotel onde os jogadores estavam hospedados...
Após o café rumamos às compras, impossível ir à Rivera sem comprar um presentinho...
Quando chegamos na Av. Sarandi, que vai do Brasil ao Uruguay avistamos... Eram muitos colorados, todos vestidos com nossa camisa alvirrubra, nosso traje de gala...
E o dia passou rápido, entre compras e abraços no nosso Eterno ìdolo Clemer, que fazia compras num free shop em comum, caminhávamos e contávamos os minutos para a hora do deslocamento ao estádio...
E chegou a hora...
16:30... Ouvi no rádio que já haviam muitas filas, avisei o pessoal e saimos em caminhada rumo ao Atilio Paiva, o pior estádio que já visitei...
Aos poucos a Av. Sarandi se pintava completamente de vermelho... Era uma caminhada de paz, muitos abrãços e a confraternização de pessoas que não se conheciam mas tinham uma irmandade, defendiam a mesma bandeira... Foi lindo! Uma emoção enorme sentir-se segura e feliz dentre tantos amigos...
E as Meninas da Mureta, representadas pelas 3 Lús, Lu Lima, Lu Campos e Lu Correa desfilavam por aquela avenida, com nossa flâmula em punho, despertando curiosidade e ouvindo de muitos "Olha as Meninas da Mureta!"
"Olha só, são as Meninas da Mureta!"
Sim, nós existimos na imensidão vermelha!
Chegamos ao estádio... um local frio, puro concreto, sem segurança, de uma morbidez horrível...
Mas a vida e a força adentrava aos poucos aquele estádio, era a Mais Linda, Mais Apaixonada e Maior Torcida do Rio Grande...
Os instrumentos da Confraria Tambores de Yokohama e nossas vozes puxavam alguns cantos, aquecendo a garganta daquela gente...
Eis que faltando uns 5 minutos para o início da partida adentra a nossa mais bela jóia ao estádio... A popular!
Os meninos colocavam as barras, bandeiras, faixas e tomaram o controle... Èramos milhares de colorados numa só voz... Pela primeira vez em anos nós éramos Todos a Popular, pois nossa torcida não parou por um só minuto, parecia que queríamos dizer: "Estamos aqui, não estás sozinho Meu Inter!"
O cansaço tomava conta, eram mais de 24hs sem dormir, um dia quente, pouco conforto mas estávamos lá, resistindo...
O placar não foi tão favorável, um empate em 0x0, o que particularmente me leva ao extremo da frustração...
Termina o jogo, éramos pessoas no auge da exaustão física e psicológica...
O retorno do estádio foi também em passeata, porém um pouco mais em silêncio, pois além do empate tínhamos o cansaço abalando..
A turma se reuniu em uma churrascaria de Santana do Livramento, mal comemos e já saímos, precisávamos voltar pra casa, muitos companheiros tinham "o outro dever", o trabalho...
Em resumo foi uma passagem boa, apesar de todas as inconveniências, apesar de todos os obstáculos e do cansaço... Nossa parte, nós fizemos e com perfeição, agora resta aguardar a próxima batalha...
E as Meninas da Mureta foram inpecáveis, com apenas 3 representantes, mostraram a que vieram, demonstraram um pouco do sentimento de cada um membro das MMs e MPJ, com dedicação, respeito e principalmente Amor Incondicional... Amor Internacional!

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