quinta-feira, 1 de abril de 2010

A quarta batalha


Era mais uma noite de quarta-feira...
Cheguei ao Gigante em torno de 19hs com minha fiel companheira Lu Campos...
Nem olhamos muito para os lados, apesar de o estacionamento e a área que circula o estádio estarem cheios de colorados e coloradas, gente conhecida, amigos....
Fomos direto ao portão 8 e entramos...
Ao passar pelo túnel de acesso à social um momento de silêncio... Era o início de um ritual abençoado por uma lua cheia linda.
Aos poucos as pessoas adentravam ao estádio, o telefone não parava de tocar, amigos passavam, nos abraçavam, acenavam de longe...
Logo o Gigante estava coberto por uma multidão vermelha obstinada por uma vitória, pela volta por cima, pela consagração de cada torcedor que ali se fazia presente movido por amor, fé e muita raça...
Primeiro tempo agitado, jogo rápido, coração acelerado.
Nem minha taquicardia me impedia de pular e empurrar meu grande amor, o Inter.
Estava cercada por amigos, gente do bem, amigos que torcem e lutam junto com os 11 guerreiros por puro amor ao clube, era a quarta das 14 batalhas que temos de vencer para chegarmos ao Bi da Libertadores.
Intervalo...
Pessoas vão e vem de todos os lados, conversam muito, comentam muito se abraçam ou simplesmente se calam à espera dos próximos 45 minutos...
Segundo tempo...
Tensão... A batalha continua e os olhos de Guiñazu, Giuliano e Nei enchem-se cada vez mais de sangue... Corriam muito, tentavam, arriscavam, eram gladiadores lutando por um só objetivo... o Gol.
Eis que Walter, o menino especial por sua atual recente crise existencial chuta em gol e a bola esbarra no zagueiro adversário... Gol contra do Cerro.... GOL DO INTER!
A imagem de Walter correndo aos braços do nosso comandante Fossati faz-me pensar no que aquele grande homem e profissional pensa naquela hora.... O que estaria sentindo...
E o jogo continua...
Muitos passes errados, tentativas desesperadas, e a vontade desenfreada de marcar mais um gol, um legítimo alento aos corações da torcida que ali não parava sequer um segundo de cantar.
Gol de Alecsandro!
O atacante cala mais uma vez a voz dos "cornetas", que há pouco gritavam por mandá-lo embora do Gigante.
Confesso que muitas vezes me irrito com seus erros, mas no fundo ainda acredito que ele nos vai salvar de muitas derrotas.
São 2 gols, abraços, beijos, e a lágrima que corre da amiga que silenciosa amargava o medo da derrota e a desavença na família Inter.
Voltamos para casa alegres.
Sabemos que foi apenas "mais um leão que matamos" e temos a certeza de que temos muito a melhorar.
Porém, nossa parte da torcida retorna ao lar com a sensação do dever cumprido... Não nos calamos por um momento, não largamos nossa bandeira alvirrubra por um segundo, não esquecemos nosso amor e respeito pelo Inter nunca, jamais...
E que venha a quinta batalha, estaremos APOIANDO, pois nosso time é movido por amor e respeito.
E que assim seja...

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