sábado, 2 de janeiro de 2010

A NOITE QUE NÃO ACABOU




Acabo de concluir a leitura do livro A Noite Que Não Acabou de Nauro Junior e Eduardo Cecconi, um novo amigo que fiz através do Meu Inter no ano de 2009.
Jornalista simples, de palavras fortes e grande respeito pela torcida colorada.
O livro era um anseio, eu queria muito a leitura, mas relutei um pouco devido à grande tristeza que senti na manhã daquele 16 de janeiro quando acordo e vejo pela TV um resumo do que havia acontecido.
Lembro-me que na hora sentei na cama, fiquei ali parada imaginando o que eu sentiria no lugar dos torcedores Xavantes... Meu sentimento de torcedora me levou às lágrimas durante todo aquele dia...
Eu imaginava a nós, colorados, perdendo 3 importantes peças, 3 importantes pessoas em nossa trajetória dentro do clube...
Desde aquele dia, como eu já havia comentado com uma amiga, que também fez a leitura, “eu tinha algo engasgado aqui dentro de mim em relação ao fato.” Mas como eu aprendi que para passarmos por cima de algo que nos incomoda, temos de enfrentar, me presenteei com o livro e não me arrependi um momento sequer...
Foram 7 dias de leitura, mas todo esse tempo porque eu fazia questão de “poupar” o livro. Quando estava em uma parte mais emocionante, fechava o livro, dava uma volta, fazia algo diferente, negando, não querendo que as páginas acabassem.
O livro foi o relato do acidente com a equipe do Brasil de Pelotas naquela noite de 15 de janeiro de 2009.
Sentimentos, lembranças, perdas, o luto de uma torcida apaixonada pelo seu time, assim como eu sou pelo Nosso Inter.
Foi inevitável me colocar no lugar de cada torcedor, de cada familiar, de cada companheiro de equipe...
Foi uma leitura regada à emoção por quase 100% do tempo.
Lendo o relato chorei muito, pensei muito, lembrei de minha avó Marina, que morava em Pelotas e que faleceu em 1996, aos meus 16 anos, mas que como se fosse hoje eu à lembro falando: “Eu sou Brasil de Pelotas, Meu Xavante!”
Agora, mais do que nunca entendo o sentimento de minha avó, era puro orgulho e amor...
Eu à entendo, tenho esses sentimentos pelo meu Inter, mas Graças ao Pai Maior, vi o luto de perto apenas uma vez, pelo jovem Librelato...
Hoje mais do que nunca tenho a vontade e por que não dizer, a curiosidade de ir até o Bento Freitas e assistir a um jogo do Xavante.
È algo que tenho a certeza de que ainda vou fazer... Adentrar o estádio, lembrar de tudo o que a torcida sentiu, de toda a sua força e garra e certamente lembrar de minha avó e suas palavras...
Quero sentir na carne o que é ser Xavante, quero fazer parte dessa massa que apesar de todo o sofrimento não perde a fé e a esperança por dias melhores.
Sou Colorada Graças a Deus, como sempre digo, Meu Inter é o Grande Amor da Minha Vida, mas também tenho uma segunda predileção aqui no Sul... O Xavante de Milar, Régis e Giovani Grandes e Eternos Guerreiros...
E aqui fica meu respeito e admiração pela Torcida Xavante e também pelos autores que nos deram privilégio de conhecer um pouco mais do sentimento e da história desse clube.

2 comentários:

Julio disse...

Lu, cumprimentos pelo teu comentário. Como torcedor 100% Xavante, não poderia deixar de cumprimentá-la pela tua reação de torcedora. Sòmente quem passa por uma experiência como esta, sente o que é o amor por um clube. Somos um grupo de Torcedores que reune-se uma vez por mes aqui em Porto, e acompanha o Xavante por todo o Brasil. E rumamos celeremente para o nosso centenário(7 de setembro de 2011).

Dani Viegas disse...

Lu, quem será essa amiga que tu cita??? hehe
Amiga, só tenho pra te dizer que vai ser outro estádio em que entraremos juntas então, porque um dos meus projetos de futuro, se Deus quiser, bem próximo, é ir ao Bento Freitas sentir na pele toda a paixão da torcida Xavante!!